terça-feira, 20 de novembro de 2012

14ª Viola nas Montanhas

Estive neste mês de novembro visitando uma simpática figura lá em São Francisco Xavier (cerca de 50km de São José dos Campos): o Braz da Viola, que me recebeu com sua cordialidade interiorana.


Quem tem algum contato com a verdadeira música de raiz, provavelmente conhece o Braz, pois ele tem uma longa história musical, com gravações de discos solo, grupos instrumentais, montagem de orquestras de violas, farto material didático, apresentações várias, enfim, uma vida dedicada à verdadeira música caipira.

Mais o assunto hoje é mais o encontro que o Braz realiza anualmente lá em SFX, o Viola nas Montanhas, que já se encontra em sua décima quarta edição.

Clique para ampliar

Este curso de férias, que dura uma semana, é limitado a 20 pessoas, atende violeiros de todos os níveis, pois existe distribuição em grupos e explicação bem detalhada, com a didática que o Braz desenvolveu ao longo de todos esses anos. Aliás, quem tiver interesse em material de estudo da viola, consulte o site do Braz, além dos livros normais pelas editoras, o violeiro tem publicações independentes, assim como DVDs, que podem ser adquiridos diretamente com ele (www.brazdaviola.com.br).


Em toda edição do curso existe um violeiro convidado que ensaia com o grupo algumas canções e, quando do encerramento do curso, acontece uma apresentação em algum lugar de destaque da cidade.

Neste ano, as inscrições para a primeira turma (13ª) esgotaram-se rapidamente e, devido à insistência de quem não conseguiu inscrição, o Braz acabou conseguindo organizar uma segunda turma. Aviso: vem violeiro do Brasil inteiro.

O evento, além de um curso, acaba se transformando em um congraçamento da música de raiz. Pelo que me foi explicado pelos donos da Pousada, é viola dia e noite. Após as aulas, as turmas se reúnem ao ar livre, espalham pelo amplo espaço da pousada e "tome" viola e cantoria. Tem um pessoal constante que já formou fortes laços de amizade, e o pessoal novo é sempre bem recebido.


Outra vantagem, que eu achei, é que o violeiro que quiser trazer a família, também pode. Enquanto o violeiro fica nos eventos de aprendizado, a família se diverte na aprazível Pousada São Francisco, que é simples, porém, muito bem organizada e com uma comida que dificilmente o hóspede terá do que reclamar.

Igualmente, a região é pródiga em rios e cachoeiras, havendo um desses riachos que corta a pousada a poucos metros dos chalés, onde se dorme escutando o quebrar das águas nas pedras e se acorda com o cantar dos passarinhos. Para quem gosta de interior, excelente pedida. E melhor, a Pousada se localiza ao lado da principal praça da cidade, portanto, bem no centro de SFX.

O valor do Viola nas Montanhas é bastante acessível por tudo o que oferece ficando claro que o principal objetivo não é o lucro, mas a divulgação da música feita e tocada com viola.

Edição com homenagem à convidada Inezita Barroso

Para quem gosta de tocar viola, e da vida interiorana, uma ótima pedia. Consulte o site do Braz, mas, se tiver interesse, não demore, pois o evento acontece agora em janeiro e, como ocorreu com a primeira turma, deve lotar também a segunda (e última) deste início de ano.

Aos amigos músicos, lembro que o Braz da Viola também é luthier e constrói violas de qualidade, para todos os gostos. Quem tiver interesse em conhecer, dê uma passada no site.

Finalizo deixando uma abraço ao Braz e ao Fred e Viviane, donos da Pousada São Francisco, que me receberam tão cordialmente. E para quem tem animal, a pousada não se incomoda em receber seu(s) cachorro(s).

domingo, 4 de novembro de 2012

O Carrefour da Conselheiro e o consumidor otário

Ao longo da vida tenho buscado me pautar pelo bom-senso que, como dizia Descartes, é o que do mundo existe melhor dividido (Discurso do Método), porém, algumas situações passam do limite, como essa que passo a comentar agora, e não tem jeito: tem de se fazer algo ou, no mínimo, divulgar.

Quem mora aqui em Santos, conhece o Carrefour da Conselheiro Nébias (ex-Eldorado). Como moro aqui perto, região repleta de moradores, nada mais óbvio que, em vez de pegar o carro e se deslocar para outros supermercados, a gente compre aqui perto mesmo. Porém, duas situações me incomodam profundamente quanto a esta unidade do Carrefour, e passarei adiante a comentá-las.


Primeiramente, declaro minha consideração por esta rede, pois, como trabalhei longos anos no varejo em São Paulo (Commerce Desenvolvimento Mercantil, Lojas Brasileiras, Still Eletrônicos etc.), lembro-me da primeira loja da rede, salvo engano, que foi no bairro ao lado de onde eu morava, logo após o Viaduto da Vila Maria, junto à Marginal Tietê (São Paulo). Igualmente, o seu critério de trabalho e preço que, na época, foi uma revolução em termos do que existia exigindo da concorrência um novo padrão de preço e atendimento.

Quanto a esta unidade daqui de Santos, próxima à praia, a primeira situação que me incomoda é o estado de sujidade das cestinhas plásticas, visto que não uso o carrinho deles, para compras maiores, levo o meu próprio, mas o carrinho grande se encontra na mesma situação: são muito sujos. Pior, para quem já andou vendo reportagens, verdadeiras fontes de contaminação. Por si só, ainda que higienizados, por serem de ampla e diversa utilização, já ofereceram riscos. Agora, se você não lavar, se deixar restos de ovos, de produtos de hortifruti, de produtos químicos que caem das embalagens, aí fica difícil. É ampliar, e muito, a possibilidade de contaminação. Tem de lavar, constantemente, e ir retirando aquelas que estão visivelmente sem condição. Tanto é que não faço mais compras usando carrinhos ou cestinhas cedidas por eles.


Já reclamei por três vezes. Cansei. Vou tentar denunciar agora para a semana. Se vou obter resultado, não sei, mas vou fazê-lo.

O outro ponto é quanto a marcação dos preços. Aí, sim, me perdoe a alta administração do Carrefour, mas não a desta unidade em específico: vocês estão pensando que o consumidor santista (e o turista) são otários. 

Com a estabilidade da moeda, os supermercados brigaram e optaram (como no caso das sacolinhas) em não marcar os preços individualmente. Ou seja, pararam como o clac-clac da etiquetadoras e começaram a marcar os preços nas bordas de gôndolas, com uma etiqueta maior.

Ocorre que, primeiramente, a quantidade de produtos sem preço é enorme, e o consumidor que quiser saber o quanto está pagando, que fique circulando pelo mercado, junto à algumas pontas de gôndolas existem leitores de barra que, parte deles, não funciona. Segundo NÃO SE RESPEITAM OS PREÇOS MARCADOS. Nessa unidade, têm-se "alguns hábitos" que somente posso chamar de má-fé: acaba-se um produto da promoção, põe-se outro no mesmo lugar (parecido, mesma marca), mantêm- o preço, e deixe por conta do consumidor (presta atenção, otário!).

E pior, como ocorreu hoje, duas vezes (no pouco que conferi), existe um preço na gôndola, trata-se efetivamente daquele produto, naquele peso e/ou medida, e no caixa registra mais caro. Óbvio que o consumidor preocupado em embalar e colocar as compras no carrinho deixa passar a quase totalidade disso despercebido.


E pior, existem cartazes de preço com produtos em promoção feitos à mão, por cartazistas (isso mesmo, cartazes de preço) e no caixa cobra-se o preço cheio, aliás, nesses casos, bem cheio mesmo. 

O pessoal local reclama que a situação complica principalmente nas férias e feriados e, como se dizia antigamente, onde tem fumaça tem fogo. Agora, se o consumidor é local ou turista, isso é indiferente, pois se trata de um cidadão brasileiro que recolhe seus impostos, arca com seus deveres e não deve, ou não pode, ser lesado, principalmente por empresas de grande porte que, a princípio, considera-se séria.


Se tal fato tivesse acontecido uma vez ou duas, ainda vai lá, se ninguém tivesse avisado (como já o fiz por mais de cinco vezes, além de outros que já presenciei), pode-se se considerar até descuido, porém, não me venham com conversa fiada, pois é fato constante, prática habitual desta unidade. Sei como funciona os critérios de avaliação dos funcionários e que os responsáveis por cada setor tem o compromisso diário, e contínuo, tanto de reabastecer as gôndolas quanto da remarcação dos preços (e as margens de lucro são checadas), e o gerente da loja tem a responsabilidade de fiscalizar. Ué, de reabastecer ninguém esquece, porém, de acertar os preços, retirar cartazes... acarretando erros sempre contra o consumidor, nunca ao contrário.

Sei que os gerentes das unidades são medidos por resultados, mas, camaradas aqui do Carrefour Conselheiro Nébias, por ser servidor federal, de órgão de defesa da classe menos favorecida, estou buscando denunciá-los aos órgãos competentes nesta semana. Se vai dar em alguma coisa, não sei, mas inicio a campanha a um grupo de amigos formadores de opinião, que aí está, para ver se algo muda.

Portanto, avisamos: CONSUMIDOR DO CARREFOUR CONSELHEIRO NÃO É OTÁRIO.