domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo

Estamos próximos de mais um ano: algo se finaliza, algo se inicia.

Para a minha surpresa, o mundo não acabou, nem em 12/12/12 tampouco em 21/12/12. As profecias e os calendários maias erraram, a menos que o mundo acabe entre este domingo à tarde e a noite de terça-feira (o que não acredito mais que aconteça).


Todo final de ano é época de reflexão, quando costumamos avaliar quais dos nossos projetos foram efetivamente realizados e quais deixamos de lado ou, se preferir, quais morreram ou quais foram postergados no meio do caminho.

Poderia fazer uma retrospectiva de 2012, porém, assisti a feita pelo Globo e o amigo do blog que tiver interesse, acredito, ganha mais buscando o programa pelo YouTube.

Porém, como meu blog tem um caráter pessoal (afinal está em meu próprio nome) decidi escrever alguns pensamentos que me permearam à mente em minha reflexão de final de ano. 

Óbvio que num tudo pode ser revelado, porém, aqui vão os tópicos mais importantes, na ordem em que aconteceram.

Primeiro, descobri que o Facebook é muito chato. Também, que as pessoas estão mostrando cada vez mais sua vida particular como fosse pública, ou seja, em outras palavras, mudou-se o conceito de tínhamos daquilo que é particular ou público. E isso muda muito a relação que tínhamos com o mundo, pelo menos nós, os mais antigos, que já passaram da faixa dos 50.


Continuo apaixonado pela mesma mulher, continuamos nos amando e nos apoiando. Como funciona? Construa uma história de vida e um amor que seja incondicional (o que é deveras difícil nos dias de hoje). Quem quiser saber mais sobre o amor, leia neste mesmo blog o artigo Sobre o Amor e o Amar.

Grandes perdas exigem grandes lutos. Foi e está sendo o caso com a literatura. Mais de doze anos de fortes estudos, três anos de escrita para um único livro e, literalmente, jogados na lata do lixo. Quem ler (ou conseguir ler) em Bala com Bala, no primeiro parágrafo da página 161 (cuja numeração dos capítulos foi tirada pela editora), temos “Tudo o que me interessa é a literatura”. Daí, pode-se ver o tamanho da perda, e o meu afastamento do meio artístico em geral. 


Mas isso já gerou outro artigo no blog: “Auld Lang Syne” ou, se preferir “Farewell Waltz”, que foi, com certeza, o artigo mais doído do ano de se escrever.

Como curiosidade (e é verdadeiro), ainda não consegui ler meu romance na publicação da editora. Tentei por cinco vezes e desisti, é impossível a leitura, pior do que a de um desses livrinhos da Sabrina, muito pior. Sem contar outros problemas (deixa quieto).

Continuo de luto, me recuperando. Abandonei meu segundo romance, que se chamaria Entre homens e anjos.

Ainda nesta semana, fechei minha programação para 2013 e muito do que está a ser feito partiu de conversas descontraídas na noite de Natal e no dia seguinte, na cozinha de minha namorada, com pessoas extremamente inteligentes. E aqui deixo como reflexão para os poucos que, certamente, irão fuçar esta postagem no meu blog.


Por questões emocionais, não se agarre àquilo que está dando errado. É difícil saber o ponto, mas tentar salvar alguém (ou algo) que se afoga é alto risco, pois provavelmente irá se afogar junto.

Tente, invente, faça um 2013 diferente (aproveitando o antigo mote da Globo). Renovação é importante ou, em outras palavras, não seja ou não aceite águas estagnadas em sua vida. Minha musa nesse sentido foi a amiga Leila, que deu uma virada de mesa total, inclusive, mudando-se de Santos para Belo Horizonte. Em busca de renovação, oportunidades. Parabéns, Leila, pela coragem.

Pessoas vitoriosas são extremamente dedicadas a seu trabalho. Não tem jeito: do couro sai a correia. Harmonia é importante, condição econômica boa para a família é importante, não se deve ter “vergonha” de buscar melhoras econômicas em sua vida. É legítimo e justo (inclusive rendimento com a Arte).

Origami + Dinheiro = MoneyGami

Cada um de nós faz escolhas. O resultado será o esperado? Provavelmente não, porém, se serão bons ou ruins é difícil dizer, somente se saberá “fazendo”. 

Faça e entregue ao Universo, que se encarrega do resultado. Quando algo vai deslanchar, geralmente dá sinais logo de início, portanto, não se prenda excessivamente ao passado e a fatores emocionais. Mais uma vez, não seja água estagnada. Não deu certo: mude.

Família é importante, ética é importante, amizades são importantes.

Portanto, obrigado 2012; porém, que seja bem-vindo o ano novo. A todos os amigos (ainda que eu ausente): saúde, paz e prosperidade.

Até os maias erraram em suas previsões. Portanto, finalizo com a palavra de ordem: RENOVE, construa um mundo diferente.


Receba o ano novo de braços abertos.

Seja bem-vindo, 2013.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Walczak vende, mas não entrega

Há alguns anos, encontrei um instrumento aqui numa das lojas de Santos que me agradou bastante. Tratava-se de um violão maciço como um corpo de guitarra e com cordas de nylon: o violão Discovery, da Walczak. Conhecia um similar, feito por luthier americano, porém, não sabia que alguém por aqui o fabricasse. Apenas não fechei a compra de imediato porque desconhecia a marca e optei em conhecer um pouco mais do fabricante, e o fiz pela internet.


Na época, pelo que me recordo, o site era bastante básico, sem muitos atrativos e, em fóruns voltados para discussões de música, havia sérias restrições quanto a uma outra marca que, segundo entendi, deu origem à Walczak, e os problemas, pelo que comentavam, concentravam-se mais na parte administrativa do que na parte técnica, ou seja, os instrumentos eram bem construídos, mas todo o restante que envolvia o administrativo e pós-venda (como assistência técnica, por exemplo) era um caos.

Àquela época, optei em arriscar, pois somente havia como original o modelo importado de luthier. Porém, quando retornei à loja, cerca de uma semana depois, cadê o produto? Falei com o vendedor e ele, discretamente, comentou que a marca estava dando problema e optaram em não mais vender produtos daquele fabricante. Realmente, nunca mais encontrei Walczak nessa loja.

Em setembro deste ano, fuçando nos sites de fabricantes de guitarra, eis que encontro um excelente site da Walczak, de fácil navegação, boas fotos e, para minha surpresa, COM VENDA DIRETA AO CONSUMIDOR e, acima de tudo, opções de produtos em Custom Shop. Depois de bem avaliar, motivado pelos vídeos do Sr. Leandro Walczak, optei em comprar primeiro o tal  Discovery (normal, de linha) e, acabando de pagar esse, fazer uma GT-500 (Telecaster) customizada, cujo projeto encontra-se pronto e arquivado.

Leandro Walczak, o dono da marca

Fechei o pedido por e-mail e confirmei por telefonema do Sr. Alessandro, de vendas. Pensava em pagar á vista, porém, por sorte, optei em fazê-lo em seis vezes, pois o que seria uma alegria está se tornando um pesadelo. Conforme orientado pela Viviane do financeiro, fiz o depósito da primeira parcela dia 17/10/12 e recebi um Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) confirmando minha compra nesta mesma data.

O pessoal de vendas havia me informado, e consta em e-mail, de que a entrega que seria em 18 dias úteis, porém, poderiam demorar uns dias a mais, pois estavam com problemas de liberação de componentes importados. Comentei que estaria de férias de 05 a 14/11 e poderiam deixar a entregar programada entre essas datas, que, em vez de transportadora, eu mesmo pegaria o instrumento junto à fábrica. Nesse ínterim, deram uma posição que teriam  liberados os componentes e que aguardasse posição de entrega.

Para encurtar a história: hoje é 20/12/12, ou seja, mais de 60 dias do pedido feito, 52% do valor pago e NADA DO MEU VIOLÃO. Telefono, pedem para deixar recado, anotam o número do meu telefone e não retornam. A equipe de vendas? Sumiu. Não respondem e-mail e, pior, quase nem atendem o telefone  porque, com certeza, não sou o único a ligar reclamando.

E ainda jogam o rojão para uma moça que, segundo ela, "é responsável pelas entregas", me disse QUE SOMENTE VÃO ME ENTREGAR O VIOLÃO EM JANEIRO, ou seja, com 90 dias de pedido e 68% do produto pago (e será mesmo que vão entregar?).


O mais irônico é que, segundo a Sra. Viviane, do financeiro, os títulos "são negociados com empresas que fazem parte do nosso grupo" e o boleto de cobrança em nome de Leon Goldberg (factoring puro) avisa para "PROTESTAR APÓS 05 DIAS ÚTEIS DO VENCIMENTO", além de multa e juros. Outras empresas, como a Cássia Confecções Ltda - ME, também fazem parte do grupo.

Honestamente, nem mais sei se quero o tal Discovery, porém, cancelar a venda significa não ver meu dinheiro de volta e ter problemas com o Sr. Leon Goldberg com quem, juro por tudo o que é sagrado, não negociei nada. Já vivi outra situação similar no passado, com uma fabricante de móveis em São Caetano, e que acabou na Justiça, o que acredito será o destino da minha aventura Walczak, porque não acredito nem mais que vão me entregar o produto, a confiança no fabricante agora é zero.

Em suma: estão vendendo, fazendo factoring, ou seja, negociando os títulos dos consumidores otários e tentando "empurrar as entregas com a barriga", o que é um alto risco de administração.

Portanto, vai aí meu alerta para o consumidor que pesquisa produtos e fabricantes pela internet: fiquem espertos com as compras diretas pelo site Walczak: as coisas por lá, continuam como eram antes, quando ainda outra marca (pelo que li nos fóruns).

E, no site, uma beleza, continuam vendendo normalmente. Aumentaram os prazos e os preços e... factoring no consumidor. Que vão descontar seu título, com certeza; que vão te entregar (?)... bom, isso já é outra história.